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A atleta de brasiliense de taekwondo, Bárbara Novaes, conta sobre sua carreira

A atleta de brasiliense de taekwondo, Bárbara Novaes, conta sobre sua carreira

Bárbara é uma das indicadas do DF à Premiação Melhores do Ano pela CBDU

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Por Assessoria FESU

A atleta de Taekwondo, Bárbara Dias Novaes, tem 24 anos e é formada em Biotecnologia pela Universidade de Brasília – UnB. Ela conta que suas inspirações no esporte vieram do irmão e da prima, e tempos depois, com 7 anos de idade, já estava treinando taekwondo. Bárbara coleciona vários títulos dentro do esporte, nacionais e internacionais. Este ano, foi indicada à  Premiação Melhores do Ano da CBDU, que destaca os atletas com melhor desempenho na temporada do ano anterior. Em entrevista à FESU ela conta um pouco sobre a sua vida de atleta.

Pergunta: Como surgiu o interesse pelo Taekwondo? 

Resposta: Quando eu era pequena, meu irmão mais velho (Guilherme) e minha prima (Danielle) já praticavam taekwondo. Então, desde nova eu acompanhava os treinamentos deles. Eles bem novos já viajavam para competições nacionais, e eu ficava em casa com aquela invejinha boa querendo ir junto. Minha relação com o taekwondo começou através deles. Foram grandes atletas e me inspiraram muito na minha jornada.

 

Seu irmão Guilherme e sua prima Danielle - Foto: Acervo pessoal

P: Como foi o primeiro contato com o esporte? Com qual idade iniciou?

R: Perto de casa havia um projeto da Polícia Militar com a comunidade relacionado a esportes. O meu mestre sempre foi o mesmo, Washington Azevedo, e ele quem ensinava no batalhão. Eu sempre ia assistir aos treinos do Gui e da Dani, e mais tarde comecei a treinar também, aos 7 anos de idade.

P: Você tem uma rotina de treinos? 

R: Minha rotina de treinamentos reúne treinos técnicos/táticos e treinos físicos. Eu treino duas vezes por dia, de segunda a sexta. Um treino técnico/tático realizado junto com o mestre Washington e um treino físico específico para o taekwondo, com a preparadora Luiza Banks.

P: O que é mais difícil na vida de um esportista?

R: Acredito que o mais difícil na vida de um esportista é manter a disciplina 24h. Quando se é um atleta, você deve ajustar toda a sua vida para esse fim, para o objetivo que quer conquistar. Na UnB, por exemplo, eu ajustava a minha grade horária escolar aos meus treinamentos, e não o oposto. Muitas vezes levava marmita para a UnB e tinha que comer no ônibus a caminho do treino. São sacrifícios que valem a pena.

P: E na sua modalidade, o que é mais difícil?

R: O Taekwondo é um esporte que além de um ótimo preparo físico, precisa de um treinamento psicológico intenso. A estratégia é um ponto chave e decisivo em cada combate. O que eu considero mais difícil na modalidade é exatamente esse aspecto de ver a luta como um jogo, em que para se vencer tem que conhecer bem as estratégias do adversário e estar pronto para os mais diversos cenários. É um esporte que exige atenção durante todo o combate, porque tudo é muito dinâmico e acontece muito rápido. Uma luta pode virar no último segundo. 

Bronze Mundial Militar 2018 - Foto: Acervo pessoal

P: De quais campeonatos você já participou? Teve vitórias? 

R: No juvenil, fui da Seleção Brasileira e competi o Pan-Americano em 2013, foi minha primeira competição internacional. Sou pentacampeã brasileira pelo Distrito Federal. No adulto, integro a Seleção Brasileira desde 2015, ano em que competi a seletiva olímpica aberta e fui campeã. Porém perdi a seletiva fechada e fiquei de fora dos Jogos Olímpicos 2016. Tive a oportunidade de participar do Aquece Rio - Evento Teste dos Jogos Olímpicos em 2016, foi uma experiência incrível. Já participei de diversas competições abertas internacionais, Pan-Americano em 2016, Mundial Militar em 2018. Como universitária e representando a UnB, já competi LDU – Lutas, JUBs e a Universíade em 2019.
 
P: Qual sua vitória mais marcante? E qual foi a pior derrota pela qual passou?

R: A minha vitória mais marcante foi a competição que me fez titular da Seleção Brasileira Adulto em 2016. As minhas piores derrotas foram as que deixaram como reserva da Seleção. 

P: De quantas edições dos Jogos Universitários Brasileiros já participou? Já venceu alguma edição?

R: No meu primeiro ano na UnB, em 2014, fui campeã do LDU – Lutas. Conquistei o 3º lugar na edição de 2015; Vice-campeã do JUBs em 2018 e campeã do JUBs em 2019.

P: Como ficou sabando da sua indicação para a premiação Melhores do Ano da CBDU – temporada 2019? Como se sentiu?

R: Eu fiquei sabendo da minha indicação via e-mail! Fiquei muito feliz e surpresa, pois não sabia que a CBDU realizava um evento tão legal para homenagear os atletas. A cerimônia seria em março, seria bem legal se pudesse ter ocorrido. Ainda assim, é uma grande honra receber essa premiação na temporada 2019! É ótima a sensação de poder representar a minha Universidade em um evento desses!

Bronze no Summer Universiade - 2018

P:Como é a relação dos seus pais quanto ao esporte que você escolheu? 

R: A minha família sempre apoiou muito o esporte. Eles me deram toda a base e suporte que precisava para seguir minha carreira esportiva. Só tenho a agradecer a tudo que eles fizeram e fazem por mim.

P: Você se inspira em algum esportista? Quem e por que?

R: Minhas maiores inspirações foram meu irmão e minha prima. Eles que me fizeram a atleta que sou. A Dani era uma atleta super dedicada, que me mostrou a importância de estar sempre 100% comprometida com o que você almeja. O Gui era muito inteligente e estratégico, e me ensinou muitas das coisas que aplico hoje nos combates. Além de todos da equipe, como Marcela, Diego, Julliany, Phelipe... Acredito que fui cercada de muita inspiração, por todos os lados. 

P: O que o esporte mudou na sua vida?

R: O esporte me fez uma pessoa melhor em todos os sentidos. Eu diria que é impossível separar quem eu sou como pessoa de quem eu sou como esportista, já que pratico Taekwondo desde os 7 anos. Eu cresci sendo uma pessoa muito próxima da família e de amigos. Minhas amizades no período da infância foram todas do esporte, viajávamos juntos e compartilhávamos muitos momentos. Além disso, ser atleta me ensinou a ser determinada e focada nos objetivos. Me mostrou que nem sempre vencemos, mas o que vale é dar o nosso melhor. E me ensinou a superar derrotas com mais e mais treinamento. O esporte foi fundamental no meu crescimento pessoal, e carrego um sentimento de gratidão enorme por ele. 

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